O melasma é uma condição de hiperpigmentação da pele, caracterizada pelo aparecimento de manchas escuras e irregulares, principalmente em áreas expostas ao sol, como o rosto (bochechas, testa, nariz e lábio superior).
Essas manchas de cor amarronzada costumam afetar a autoestima de muitas mulheres e são uma das principais queixas nos consultórios dermatológicos.
Mas afinal de contas, qual a relação entre melasma e nutrição?
Hoje em dia, com a popularidade do fast-food e o aumento de alimentos ultraprocessados, estamos frequentemente expostos a uma alimentação cada vez mais rica em açúcares e gorduras, e pobres em valor nutricional, colaborando assim para o surgimento de doenças ou piora de quadros já existentes, inclusive o melasma.
O alto consumo de alimentos ultraprocessados faz com que haja aumento de radicais livres e substâncias inflamatórias, que por sua vez pioram o quadro de manchas e a saúde da pele, pois atacam os melanócitos, células produtoras de melanina, responsável pela pigmentação da pele.
O nosso corpo retira da alimentação nutrientes para a manutenção e o bem estar, como vitaminas e proteínas. Quando esses alimentos não são saudáveis, podem causar vários problemas para o nosso organismo.
A alimentação pode e vai influenciar não só no melasma, mas também no envelhecimento da pele, no surgimento de rugas e linhas finas e no corpo de modo geral positiva ou negativamente.
Como são as manchas de melasma?
- Manchas escuras ou acastanhadas, de forma irregular, que aparecem principalmente na face.
- As manchas são simétricas, ocorrendo geralmente em ambos os lados do rosto.
- A hiperpigmentação pode ser superficial (epidérmica), profunda (dérmica) ou mista.
- As manchas podem se intensificar com a exposição ao sol ou mudanças hormonais, como durante a gravidez (cloasma), uso de contraceptivos orais ou terapia de reposição hormonal.
Fatores de riscos :
- Exposição Solar: A radiação ultravioleta (UV) do sol é um dos principais fatores que desencadeiam e exacerbam o melasma.
- Fatores Hormonais: Alterações hormonais, como as que ocorrem durante a gravidez, uso de anticoncepcionais orais ou terapia hormonal, podem precipitar o melasma.
- Predisposição Genética: Pessoas com histórico familiar de melasma têm maior risco de desenvolver a condição.
- Fototipos Mais Altos: Indivíduos com pele mais escura (fototipos III a V) são mais suscetíveis ao melasma devido à maior atividade dos melanócitos.
Alimentos para incluir na dieta : É necessário uma alimentação o mais natural possível, com efeito antioxidante e anti-inflamatório.
- frutas vermelhas e roxas;
- frutas cítricas;
- tomates;
- azeite de oliva;
- laranja;
- cenoura;
- alimentos ricos em ômega 3, como sardinha e atum;
- castanhas e outras oleaginosas;
- mamão.
- Hidratação Adequada: Consumir pelo menos 2 litros de água por dia para manter a pele hidratada e promover a detoxificação, o que pode ajudar a clarear a pele.
Alimentos que devem ser excluídos da dieta:
- alimentos processados, especialmente se apresentarem gorduras trans, como lanches, salgadinhos, salsicha, nuggets etc.;
- açúcar, por agravar o quadro de inflamação;
- frituras;
- álcool, que desidrata as células da pele;
- carboidratos refinados e ricos em farinha branca
Alguns chás também podem ser utilizados como estratégias junto a uma alimentação correta.
Alguns exames de ordem dermatológica, perfil hormonal, metabólico e avaliação de nutrientes podem ser necessários para um tratamento correto.
Não descartar a visita ao dermatologista caso haja necessidade de um melhor diagnóstico e tratamento medicamentoso.